Grupo PET Etnodesenvolvimento e Educação Diferenciada da UFRRJ ministrou a oficina de contação de histórias durante o evento – Por José Adriano Junior
A I Festa Literária de Tarituba (FELITA), que aconteceu no dia 10 de outubro, na Escola Municipal Silvio Romero, localizada na comunidade caiçara Tarituba, em Paraty,contou com a participação expressiva do grupo PET Etnodesenvolvimento e Educação Diferenciada da UFRRJ.
O evento foi organizado pelos professores da escola e teve auxílio dos pais dos alunos e moradores locais. A programação da festa foi planejada com o intuito de promover um resgate cultural da região e destacar a importância da existência da escola para governantes locais. O professor Fabiano dos Santos, um dos curadores do evento, apontou o objetivo da FELITA.
“O evento surgiu com a necessidade de tornar a escola um agente de resgate cultural. Nossa escola está em uma comunidade que respira cultura, e dentro de Tarituba nós temos um grupo folclórico que já faz um trabalho belíssimo nessa área. A nossa festividade só uniu esses elementos históricos e sociais da vivência caiçara, que precisam ser valorizados e fortalecidos para que as crianças da região se enxergarem como parte integrante dessa comunidade, assim para não haver a perda da identidade delas”, explicou o docente.
Várias atrações e oficinas aconteceram durante a festividade. Recital de poesia, dança, teatro, apresentação musical com cantores locais, roda de conversa com pescadores e com Grupo Folclórico de Tarituba, Ciranda, Oficinas entre outras atividades marcaram o evento.
Integrantes do Grupo ETNOPET UFRRJ estiveram presentes no evento contribuindo com uma oficina de contação de histórias. O objetivo da atividade, segundo os idealizadores, é criar um meio de motivar a leitura e a oralidade agregando a formação pessoal dos alunos a ter empatia com a literatura.
A ciranda de Tarituba e a cultura Caiçara
A Ciranda, tipo de dança e ritmo musical caracterizado pela formação de uma grande roda em que integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido, é uma antiga tradição da região visitada. No evento, a prática foi realizada e apresentada por estudantes da escola. Os organizadores entendem que a Ciranda é símbolo de perpetuação da herança cultural local e de resistência.
A professora e diretora-executiva da Associação Cultural, Recreativa e Folclórica de Tarituba, Simone Bulhões, destacou a relevância do evento para os Caiçaras cirandeiros.
“Essa festa veio para congregar um sonho de levar a Ciranda para escola. A FELITA foi um desejo de todos da comunidade, e é algo que deve ser repetido com outras edições. Eu danço desde de pequena, minha filha me vê dançando, e uma condição para que esses traços da cultura caiçara não desapareçam é permanecemos na nossa terra, e trazer as crianças e os jovens para aprenderem a Ciranda e a sua história”, disse.
O Grupo PET
O ETNOPET (grupo PET Etnodesenvolvimento e Educação Diferenciada) da UFRRJ tem por objetivo fundamental desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas para povos e comunidades tradicionais. Considerando as demandas específicas destes segmentos, pretende-se não apenas colaborar para a formação acadêmica crítica e de excelência dos estudantes envolvidos, mas discutir a condição multicultural e coletiva do próprio conhecimento e de sua construção, produzindo subsídios para pensar as políticas de educação e desenvolvimento em uma chave intercultural. Atualmente o grupo conta com alunos bolsistas e não-bolsistas dos cursos de Educação do Campo, Jornalismo, Letras e Arquitetura. O grupo realiza suas reuniões semanais às terças-feiras, de 8h à 12h, na Sala 7 do PET/PIBID (ICHS).
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